Manifesto

• A urgência de uma inteligência crítica em tempos de IA

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Vivemos em uma era na qual a Inteligência Artificial (IA) deixou de ser um conceito distante para se tornar uma presença constante e, muitas vezes, invisível em nossas vidas. Ela está em nossos bolsos, dirigindo nossas decisões de consumo, orientando nossas buscas e até mesmo influenciando nossos julgamentos sobre o que é verdadeiro ou falso. No entanto, há algo de inquietante nesta narrativa: o descompasso entre o avanço tecnológico e a compreensão crítica do impacto que essas ferramentas exercem sobre nossas vidas.

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• Ciência e massa crítica: alicerces para uma visão justa do mundo

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Enquanto a IA avança a passos largos, é essencial lembrar que o cerne do desenvolvimento tecnológico deve estar enraizado em bases científicas sólidas. A ciência é a espinha dorsal de qualquer inovação que pretenda melhorar a sociedade, e a IA não é exceção. Porém, o uso irresponsável dessa tecnologia, impulsionado por uma corrida desenfreada por lucro e eficiência, tem distorcido os princípios básicos da construção do conhecimento. 

 

A IA, em sua essência, é uma ferramenta; uma que pode amplificar tanto as virtudes quanto os vícios da sociedade que a cria. Sem um compromisso com as bases científicas, a IA se torna uma máquina de ecoar preconceitos, alimentar desinformação e reforçar desigualdades estruturais. Para evitar que isso aconteça, precisamos de uma massa crítica capaz de questionar, avaliar e reorientar esses caminhos tecnológicos.

 

• A falta de massa crítica: o perigo de um futuro não reflexivo

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A ausência de uma massa crítica na discussão sobre a IA é, talvez, o maior risco que enfrentamos hoje. Sem questionamento e reflexão, a IA perpetua vieses históricos, fomenta decisões baseadas em algoritmos opacos e entrega o controle de questões vitais nas mãos de poucos. Precisamos mais do que nunca de uma educação que valorize a compreensão profunda dos fundamentos científicos e éticos por trás dessas tecnologias.

 

Construir uma massa crítica não é apenas sobre ensinar a usar a tecnologia; é, sobretudo, educar para questionar suas intenções, compreender suas limitações e exigir transparência. É necessário um esforço coletivo para capacitar indivíduos e comunidades a tomarem decisões informadas e a rejeitarem narrativas que colocam a IA como uma força neutra ou infalível.

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• A revolução tecnológica precisa de uma revolução crítica

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No Sobretons, defendemos que a inovação deve caminhar de mãos dadas com o pensamento crítico e o compromisso com a ciência. É preciso promover uma visão de mundo no qual a tecnologia, ao invés de dominar, esteja a serviço de uma sociedade mais justa, inclusiva e consciente. Para isso, é imperativo fortalecer as bases científicas e fomentar uma massa crítica robusta, capaz de moldar uma IA que respeite os valores humanos e promova uma visão de mundo que todos merecemos: justa, necessária e verdadeiramente transformadora.

 

Rejeitamos a passividade e abraçamos a crítica. Só assim seremos capazes de construir um futuro em que a IA, guiada pela ciência e pela ética, seja uma verdadeira aliada na construção de uma sociedade melhor.

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W. Gabriel